quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Alegria passageira.


Nos últimos dias, ela vivia altos e baixos. Olhava para trás, depois mirava-se no espelho, e via alguém que não conhecia. Tinha melhorado? Sim. E está era a opinião de todos. Mais bonita, mais calma, apenas mais... Alegre. A que de devia está felicidade? Ela não sabia explicar. O motivo era obvio e idiota, ou melhor, nem era motivo... Pelo menos, não de alegria. Mas a menina boba, pela primeira vez, abriu mão dos conselhos. Cansada de seguir o caminho programado por ela mesma, pensou: “Por que tinja que esquecer?”. Certeza de que isso era mais fácil... Mais fácil para os outros! Não para elam nunca para ela... Não, ela não os condenava, sabia que era preocupação, que era amor, aquele amor que ela jamais conseguir segurar por muito tempo, e agora era dela. Mas eles não entendiam, não entendiam que ela estava mais alegre, sorria mais, cantava, porque tinha perto dela o que mais a machucava. Melhor do que a lembrança e o não ser, era se machucar, todos os dias, mas aos poucos, se acostumar com a dor a ponto de ser dependente desta, como era do amor que a gerou.
E ela acordava todos os dias, sorrindo, cantando e dançando. Acreditava que tudo iria melhorar, afinal... Intimidades, brincadeiras... Só a gente entende! E tanta amizade não podia ser esquecida, ela não podia ser esquecida... novamente. Não importava o quanto sua mãe gritasse, o quanto a ignorassem, ou até mesmo que sua realidade desabasse, mesmo o peso sendo grande demais, ela não estava sozinha, e isso era o bastante para agüentar...
Hoje, ela chorou ouvindo musicas... Deixou o MP4 ligado, enquanto arrumava as cartas que nunca enviou, o trabalho de artes destruído, com o nome de todos eles... E de repente, aquela música começou a tocar, ela ouviu de novo o trecho de um depoimento que talvez, agora, só ela lembre que recebeu. E chorou... Chorou como a muito tempo não chorava, quis gritar, mas não tinha forças...
E percebeu que aquele animo todo, era alegria passageira, que toma conta quando tem motivo, mas abandona quando está sozinha. Ela tinha desistido de lutar por si e pelos outros, e de ser atingida por todos os lados.
Felicidade é uma palavra muito forte. Somos alegres? Sim! Mas apenas isso... Porque ser feliz, feliz mesmo, é algo raro! E ela já foi feliz... Talvez, por isso, ela deixe que a desgrace, a odeie, mas pede para que não esqueça que amou. Porque as lembranças, estas são as únicas provas, e esperanças, de ser feliz novamente...
Parou de chorar depois de dizer ao vento as palavras que sentia tanta saudade de dizer e ouvir...

“Eu te amo...!”

Bons Sonhos.

1 comentário:

  1. Gosto do jeito que você escreve, como não tem medo de dizer o que sente e como continua forte, apesar de tudo.

    Parabens garota.

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