sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A Menina que Criava sonhos. V


"Eu sabia que isso ia acontecer de novo, não adianta."

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- A gente só vê o que quer mesmo...
- Então é melhor você começar a ver a realidade.

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                 CAPITULO CINCO.
                   Motivos tão idiotas.


Porque a esperança é a ultima que morre e é por isso que sofremos até o ultimo segundo. Porque, na realidade, você sempre foi o unico motivo forte o bastante para me fazer chorar, para me fazer desistir. E eu gritei com todas as minhas forças por ajuda, para que não me deixasse cair. Mas no momento em que voce se tornou prioridade, eu desisti de mim mesma. Me soltei...
E a cada instante, eu chorei, e a cada momento, eu sorri, a cada dia, apenas uma certeza: Eu te amo.
Mas, por que eu ainda me confesso? Por que eu me entrego se no final, é só isso? E não o que eu sonhei...
No final, eu sempre abri mão dos meus sentimentos. Sempre foi mais facil ser a 'revoltada e esquisita' do que alguem como no fundo eu sou. Quem eu sou? Poderia ser tantas e mesmo assim, sempre dele. De que adianta acreditar no amor? No final, eu sempre fui romantica. E quando alguem te diz 'eu te amo' você acredita, e eu me dei mal por isso.
Eu tenho que aprender que não tenho chances, eu tenho que aprender que falhei. Que o mundo nao é feito de escolhas. Que talvez ele estivesse enganado quando me disse que se enganou, mas agora é tarde demais. Pra mim... Que eu sou a pessoa perfeita, mas... Ele nunca gostou muito de perfeição.
Que a cada dia a minha pele fica mais fria, que acada dia a minha voz fica mais fraca, que eu sinto falta de quando voce passavaa mao no meu cabelo, mesmo sabendo que isso nunca aconteceu de verdade. Porque quando eu choro, é de verdade. Eu sempre odiei tolas apaixonadas, meu destino foi virar uma delas. Quanto mais amigos você faz, menos tempo passa comigo.
Eu amei demais, eu chorei demais, eu me enganei demais eu realmente quis acreditar. Estou escrevendo as idioticas mais certas da minha vida e por um motivo tão tosco, uma briga que nem era nossa.
Uma amiga - a unico com quem eu vivo brigando e com que eu realmente me importo. - me mandou isso hoje: "Do sofrimento emergem as almas mais fortes. Os personagens mais impressionantes estão coalhados de cicatrizes."
Eu nem sei se sou forte, eu sou mais de um personagem, e tenho mais cicatrizes do que desejaria, em tão pouco tempo. Mas no final, você sempre vai saber que é pra ti que eu escrevo, e que você é a pessoa que eu mais odeio no mundo, por te amar demais.
Eu nunca gostei de finais tristes e estou vendo o meu se aproximando.
Amores impossiveis sempre foram a minha diversão.

O pior, é que eu continuo na mesma. Quando você sorri, me faz sorrir também...

Bons Sonhos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A menina que criava sonhos IV


"Eu só preciso dizer o que eu te amo antes de quebrar novamente. Anjo, me leve para longe..."

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   - Você tá melhor?
- Eu morri, esqueceu?

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                 CAPITULO QUATRO.
                  Adeus.



   Ninguem pode mentir, uma partida é sempre dolorosa. Mas, a mrote é muito vaga e nso tira momentos preciosos, quem sabe não se pode acordar? Certo, vamos começar de novo. E que tal começarmos com o mais basico: Nossa menina não tem nome, melhor contar que ela é.

   Seu nome é Yasmin e tem 14 anos. Bem, ela faz 15 daqui a seis meses... Até aqui, isso já deve ter explicado muita coisa. Ela sempre se orgulhei de saber de uma coisa: Podia ter todos os defeitos do mundo, mas era justa. Agora começou a pensar melhor sobre isso. Talvez seja injusta. Injusta porque suas irmãs se isolam dela, ficam longe, e talvez tenha motivo. Injusta porque acha que seus pais nao dao a atenção e carinho que ela acha que mereçe... Será que eu mereçe? Injusta porque limpa a casa todos os dias, estuda como uma condenada e acho que devia ter retribuição, mas se for pensar bem, nunca falou 'obrigada' para seus pais. Injusta porque tem problemas de saude sim, foi doente a vida inteira e achou ruim quando se preocuparam com ela. Injusta porque estendeu a mao e achou ruim quando nao fizeram o mesmo. Injusta porque amou... E ainda ama, e acha ruim nao ser amada. No final, comete o mesmo pecado que cometem com ela todos os dias: Espera demais, cobra demais, quer demais.
   E em todas as historias, tem o momento em que a mocinha decide mudar. Mas, na real ela nunca foi mocinha e nunca foi vilã. Apenas era estranha. E agora estava no fim das férias, ela ia para o 1º ano. Não via a Liana a muito tempo, e isso machucava. Dizia - e ouvia - 'eu te amo' todos os dias mas... O amor se tornou algo tão banal... Contava com amigos que não estavam ali.

E agora ela tomou a decisão de sair do lugar que foi um inferno para ela nos ultimos três anos. E na escola, saindo de fininho enquanto ouvia os gritos da diretora de "A Yasmin vai embora? Mas por que?" aproveitava para dar uma ultima volta no lugar onde aconteceram as melhores e piores coisas de sua vida; Ela chorou, chorou porque sentiria falta do bosque, dos professores e das lembranças. Porque foi ali na biblioteca que a Liana foi falar com ela. E começou uma superhipermeda amizade relampago. \o/ \o/

Chorou porque estava começando tudo de novo bem longe de lá. Sentia-se vencida por todos aqueles que a odiaram pelos motivos mais estupidos e finalmente se livraram dela. Melhor pensar que saindo dali, ela que vai estar ganhando.

Começou a pensar melhor. Sempre disse que nunca perdoaria uma traição, mentiras. Ela perdoou ele... Sempre disse que gostava de ser isolada, mas seu maior medo era ficar sozinha. Mudanças precisavam ser feitas, afinal, podemos nao saber quem realmente somos, mas sempre sabemos que caminho queremos seguir. Agora era só esperar a chuva parar...

Bons sonhos.

domingo, 3 de janeiro de 2010

A Menina que Criava Sonhos III

"Meninas que dizem que não acreditam em contos de Fadas é porque não acreditam que sejam princesas, e já perderam seu principe encantado.

Eu não acredito em contos de Fadas."

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  - Você desistiu de casar?
   - Não, o noivo desistiu de mim.

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                CAPITULO TRÊS
                   Por causa de você.



       Não podia dizer que sua vida era ruim nem boa. Não podia dizer se realmente. Acordar, arrumar a casa, comer, se arrumar, escola, estudar, estudar e estudar. Ler, ouvir musica, ver TV, dormir. Essa era sua rotina anos atrás e era a rotina que a mãe queria que ela ainda tivesse, afinal, agora tinha a maldita internet e os malditos amigos de mentira. Ela amava seus amigos, é claro que amava, mas ela sempre se sentiu sozinha. Liana era tudo e ao mesmo tempo não podia ajudar em nada. Pobre garota de lua: Ria, chorava, enganava, fingia, envenenava, criava intrigas, brigava, mentia, manipulava, sentia saudades, adorava, cuidava e o pior: Ela podia amar.

Amar como jamais pensou que amaria alguem, amar mais do que a si mesma, mais do que pensava que era possivel. As lagrimas, vontade de se matar, ataques, a maldita saude fraca. Nada atrapalhava. Ela o amava, ela o queria, ele a fazia sorrir, chorar de alegria, se sentir especial. Morreu iludida.

Tantos meses que podem ser resumidos em tão poucas frases: Eu te amo, eu te odeio, eu sinto sua falta, eu nao quero te ver mais, somos amigos de novo.   Chorou, gritou, sofreu, sonhou, perseguiu, desistiu, desistiu de si mesma, chorou, sempre chorou, lamentou-se, superou e começou tudo de novo. E não importava a reação ou o que sentia, tudo se resumia a ele.

Mas que droga! Ela o amava, amava seu sorriso e tudo nele. Mas sentia raiva, nao dele, de amar ele! O que ela pensou que era pra ela, ele queria dizer pra outra. A letra da musica fazia sentido, contava seu sofrimento, a cena do filme mostrava seu final, a briga na escola nao ia acontecer se nao estivesse tao irritada por nao ter ele. Ele interrompeu seu presente, destruiu seu passado e roubou seu futuro. Ele era carinhosamente indiferente, e docemente egoista em relação aos seus sentimentos. Era um idiota que só a faz sofrer! Mentira, exagero dela por não querer culpar a si mesma. Mas existe mesmo culpado? Agora, já não importa mais. O amor dele tinha prazo de validade, o dela nao valia tanto assim. Todas calunias que criou para atingir a si mesma.

No final das contas, ele nao era o unico problema, nem uma solução suficiente. Os problemas era muitos, grandes, insuportaveis. E a menina de varias personalidades - porque muda de humor com uma rapidez que ate se pensa nao ser a mesma - fez a ultima coisa que se podia fazer. Ela desistiu de si mesma. Um, dois, três minutos... Ela nao chora, ela nao ri, ela é automatica. A menina morreu.

E ela não se movia, uma boneca de cera mal feita jogada em um canto. Perguntaram a menina que agora era serenamente inespreciva. Sabiamente tola.

- Tantos problemas e nenhuma solução, seu coração nao deve ter aguentado.

- Não sei te responder isso.

- Como assim?

- Eu nao senti meu coração?

- Por que?

- Ele esqueceu de me devolver. Mesmo assim, a dor era forte.

- E então, como você acabou com isso?

- Eu me matei.

E apesar de toda a felicidade entre eles, ela nunca mais seria feliz. Ele falava eu te amo, ela falava que era mentira. No final das contas, ele só não a amava como ela queria. O ano acabou, que comece a nova historia. Mas, calma ai... Ela não morreu?

Bons Sonhos, minha menininha.

Minha menininha... Você se lembra quando me chamou assim? Disse que ia me proteger. Isso incluia me proteger de você? Eu acho que não.